um projeto audiovisual imersivo, percorre casas e comunidades caiçaras do litoral fluminense e paranaense, em busca da música, do cotidiano, da espiritualidade, da terra, dos modos de vida e todas as questões que atingem o caiçara contemporâneo.

21/12/2008

Equipe e cirandeiros de Paraty rumo à Abacateiro



Viagem final do projeto. Uma viagem de intercâmbio, ponte entre as duas pontas do universo caiçara. Em Paraty, com os coras e jovens cirandeiros acompanhamos momentos cotidianos além de encontros musicais.
De Kombi com 3 jovens músicos paratienses: Pablo e Leandro (Ciranda Elétrica) e Márcio filho do cirandeiro Vicente que toca com o grupo Os Caiçaras, partimos até o litoral do Paraná para encontro com os mestres do fandango. Passamos pelo distrito de Ariri em Cananéia e pudemos ver um ensaio do grupo Jovens de Ariri formado pelos fandangueiros e irmãos Arnaldo e Zé Pereira. Em Abacateiro vilarejo de Guaraqueçaba conversas e trocas musicais com o mestre Seo Leonildo Pereira.

O Primeiro Contato




Captamos nos três jovens cirandeiros a expectativa para o encontro com mestres de sua própria cultura, porém em outro contexto, totalmente diferente do vivido por esses jovens. Chegamos ao nosso objetivo com essa viagem, proporcionando a troca entre jovens e antigos mestres. Além da integração da própria cultura caiçara, unindo músicos que tocam ciranda em Paraty com músicos que tocam o fandango no Paraná, ambos os estilos que compõem o universo musical caiçara.



Pablo, Seo Leonildo e a diretora Manuela Sobral

O Primeiro Som



Os antigos mestres não conheciam a ciranda e os jovens cirandeiros pouco sabiam sobre o fandango. Durante a viagem com a troca musical ambos puderam vivenciar um a música do outro. Seo Leonildo se animou e tocou uma ciranda e os músicos da Ciranda Elétrica voltaram para Paraty com as principais modas de fandango decoradas e tocadas. E para fechar ainda puderam experimentar o som de uma rabeca numa ciranda, coisa que não se vê há mais de 40 anos em Paraty.


Ciranda e Fandango

O intercâmbio




















Aparecido (Abacateiro- PR) e o cavaquinho cirandeiro (Paraty- RJ)

10/12/2008

OFICINA DE MUSICALIZAÇÃO EM PARANAGUÁ


Ilha dos Valadares - Paranaguá/PR


Através da parceria com a Associação Mandicuéra situada na Ilha dos Valadares em Paranaguá-PR realizamos a segunda oficina do projeto TEU CANTO DE PRAIA. A Associação Mandicuéra trabalha com pesquisa, preservação e manutenção das tradições caiçaras e manifestações das culturas populares do litoral paranaense. A oficina foi bastante proveitosa, pois a maioria dos alunos participam dos grupos de fandango e boi-de-mamão, Fernando Sardo além de ensinar a construção de instrumentos, também ensinou os alunos a tocá-los, tanto que alguns desses instrumentos serão usados no grupo da Associação, desta forma garantido a continuidade do projeto na comunuidade. O uso de materiais nativos, como o bambu e o purungo, e o uso de materiais plásticos deixaram os alunos bastante interessados.






Foram selecionados 20 crianças todos moradores da ilha dos Valadares, na faixa de 12 a 15 anos. Apesar de estarem no período de provas finais e o horário das aulas serem divididos em 3 períodos conseguiram participar. Durante o evento foi possível ver a dedicação do professor e o interesse das crianças pela música. O objetivo da oficina foi concluído já que todos os alunos participaram da apresentação tocando seus instrumentos com satisfação. As poucas pessoas da comunidade que compareceram também se mostraram satisfeitas e fizeram muitos elogios ao método utilizado pelo professor Fernando Sardo. O Evento de encerramento foi uma apresentação musical na própria tenda da Associação Mandicuéra organizada pelo professor com os jovens e os instrumentos construídos por eles.



http://www.mandicuera.com.br

Fotos: Mandicuéra e Tonica Moura

10/11/2008

OFICINA DE MUSICALIZAÇÃO EM PARATY I

A oficina de musicalização e construção de instrumentos em Paraty realizada no colégio estadual CEMBRA pelo músico Fernando Sardo foi um sucesso. Houve verdadeira integração entre músicos, crianças e adolescentes. Os músicos e professores de musica da cidade manifestaram vontade de repetir esta experiência, e, afirmaram ter sido uma contrapartida social extremamente eficaz e interessante. Os instrumentos construídos serão utilizados nas aulas de músicas do professor Temis. Foram 30 inscritos entre 09 e 19 anos. E conseguimos atingir praticamente todos os bairros em volta do Centro Histórico. (Portão de Ferro II, Graúna, Pantanal, Ilha das Cobras, Praia Grande, Corisco, Corisquinho, Mangueira, Patitiba, Ponte Branca, Jabaquara, Caburê, Rio Pequeno e D. Pedro I).



OFICINA DE MUSICALIZAÇÃO EM PARATY II




Na manhã ensolarada do ultimo dia da oficina aconteceu o evento de encerramento. O dia começou com um passeio até a Ilha das Cobras e uma visita a casa do seo Dito das canoas, onde as crianças e jovens puderam conhecer melhor o mestre que eles vêem tocando pelas praças da cidade em apresentações. Foi uma conversa divertida, seo Dito contou causos e com muita atenção respondeu a curiosidade das crianças sobre a feitura das canoas. Na ocasião havia uma canoa por terminar e as crianças puderam conhecer o trabalho do mestre canoeiro Seguimos em direção ao cais e partimos para Ilha do Araújo onde os alunos almoçaram, ouviram o show informal com coroas cirandeiros de praticamente todos os grupos de ciranda de Paraty. Estavam presentes: Seo Dito das Laranjas (Os Coroas Cirandeiros), Seo Ditinho das canoas e Dito do pandeiro(Sete Unidos), Julinho, Fred, Maneco e Leonidas (Os Caiçaras), Leandro E Pablo (Ciranda Elétrica). Os jovens puderam participar da convivência com esses mestres, conversar sobre música, além de poder tocar junto deles.





Seo Dito das Canoas (Os 7 Unidos)